terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mar

de Luisa Lincce

A força que têm as águas do mar

Ainda hoje age em minhas areias.Como, de vez, me entranhassem as veias,
Desde a primeira que lhes dei o olhar.
Vida e morte, em profundezas sem par.
Quando morte é vida sem essas rédeas.
Quando vida são verdades inteiras.
E lhes tenho sede... de me afogar.
Sem que temesse o seu domínio atroz,
Eu confiei meus mais sublimes sonhos,
E foram as venturas todas minhas.
Mas não recuperei, jamais, a voz
De alguns segredos que deixei nos olhosIndecifráveis das águas marinhas.

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